terça-feira, 15 de outubro de 2013

ANÁLISE CRÍTICA

ARTIGO ARQUITETURA SUSTENTÁVEL: UMA INTEGRAÇÃO ENTRE AMBIENTE,

PROJETO E TECNOLOGIA EM EXPERIENCIAS DE PESQUISA, PRÁTICA E ENSINO.

JOANA CARLA SOARES GONÇALVES

O tema de arquitetura sustentável começou a se desenvolver a partir dos anos

de 1987, por Brundtland Report, definido como sendo aquela que atende as

necessidades do presente, sem comprometer o atendimento às necessidades

das gerações futuras. A partir desse conceito vários conferencias e reuniões

mundiais foram realizadas, a fim de firmar protocolos, rever as metas e

elaborar mecanismos para o desenvolvimento sustentável.

Em meados do final do ano de 1980, as questões de sustentabilidade foram

introduzidas no campo da arquitetura e do urbanismo internacional, trazendo

novos paradigmas, com destaque para o contexto europeu.

Essas indagações ambientais passaram a ser questionadas e discutidas, após

um alerta das consequências de uma crise energética de dimensões mundiais

gerado pelo consumo da energia de base fóssil, em conjunto com crescimento

populacional e das cidades e suas demandas por todos os tipos de recursos. A

partir da década de 70, o tema evoluiu para outros aspectos, como os impactos

ambientais da construção, gerado pelos processos de industrialização dos

materiais e a busca por sistemas prediais mais eficientes.

A arquitetura sustentável vem se destacando nas áreas de pesquisa, prática

e critica em vários centros de excelência. Todo esse estudo envolve questões

desde ordem técnica, como os avanços sobre os modelos de ciclo de vida

útil de materiais e componentes da construção, como também outras de

ordem prática visando menor impacto ambiental. Mas é um cenário ainda

muito distante da realidade brasileira. Hoje os principais países do mundo que

que tem abordado o tema arquitetura sustentável, são alguns estados norte-
americanos, países europeus (com destaque para Inglaterra, Alemanha e os

De acordo com o artigo, um projeto arquitetônico com algum tipo de qualidade

ambiental, deve incluir os estudos de orientação solar, dos ventos, da forma,

arranjo espacial, zoneamento, geometria dos espaços internos, condicionantes

ambientais, entorno imediato, materiais (considerando sua produção,

desempenho térmico, e cores) e tratamento de fachadas e coberturas.

Todos esses aspectos em conjunto adequados ao contexto de intervenção,

englobando fatores socioeconômicos, culturais e ambientais. Todos esses

aspectos do projeto vistos em conjunto exercem um impacto no desempenho

térmico do edifício, por terem um papel determinante no uso de estratégias

de ventilação natural, reflexão da radiação solar direta, sombreamento,

resfriamento evaporativo, isolamento térmico, inércia térmica e aquecimento

Mas é importante lembrar que as necessidades humanas e usos, além das

condições ambientais locais, que irão determinar o grau de independência de

um edifício em relação aos sistemas ativos de climatização.

Essa nova arquitetura de baixo impacto ambiental não podemos considerar

como um movimento isolado, pois pode ser encontrada tanto na arquitetura

vernacular das mais variadas culturas como em muitos exemplos do

modernismo e, ainda, na arquitetura mais recente, rotulada como high-tech ou

Durante o período 1930 a 1960, a arquitetura modernista brasileira mostrou

características bioclimáticas, das quais se pode destacar o emprego de quebra-
sóis e cobogós. Entre importantes arquitetos brasileiros atuantes desse

período, Lúcio Costa foi um dos que cumpriu um papel exemplar na educação

e na prática arquitetônica, na medida em que ressaltava a importância da

compreensão das condições climáticas e da geometria solar para concepção

de projetos. Além disso, todo esse interesse era vinculado à influência

corbusiana e às consequentes intenções estéticas. Em um estudo realizado,

e muitos casos, percebeu-se que elementos como quebra-sóis, claraboias e

aberturas para a ventilação natural não foram exatamente projetados para o

conforto ambiental, e sim por preocupações formais.

A arquitetura brasileira, vem cada vez mais se destacando no cenário atual

de modelos ecológicos, apesar da dificuldade dos indicadores (como o

BREEAM e LEED, desenvolvidos no início da década de 90) de definirem o

que é sustentabilidade, ou de definir critérios para certificação. Por trabalhar

com padrões de desempenho, esses sistemas de indicadores, bem como os

edifícios certificados são reavaliados a cada dois anos.

 O artigo destaca que, atualmente o mais importante é que as escolas de

arquitetura estimulem a evolução de métodos e técnicas para interface

entre projeto e as variáveis ambientais tendem a transformar esse cenário

futuramente. Provavelmente, a criação de arquétipos de arquitetura ecológica,

exige cada vez mais uma relação entre pesquisa, prática e ensino, para isso

é necessário que o projetista esteja acostumado com as questões de conforto

ambiental. Do grupo de arquitetos atuantes no cenário nacional hoje, vale

ressaltar o trabalho desenvolvido por João Filgueiras Lima, Lelé, em que a

economia, a industrialização, a racionalização, conforto ambiental e a eficiência

energética inspiram o aprimoramento de sua arquitetura, presente em quase

Portanto, a arquitetura vai ao encontro dos padrões de sustentabilidade, visto

que além de não ter conceitos pré-estabelecidos ou limites que restrinja ou

impeça sua aplicação à qualquer tipologia, determina modelos que vão além da

estética e do conforto, como sua implantação e principalmente adequação ao

ALUNO: FERNANDO DE SOUZA FERNANDES

Nenhum comentário:

Postar um comentário