1) A produção de etanol
pode prejudicar a produção de alimentos no planeta?
R- Dificilmente, já que isso
apenas aconteceria caso os países utilizassem a produção agrícola com fins
energéticos em detrimento dos alimentos. Atualmente, o mundo produz mais
alimento do que consome. Parte da alta de preços de alimentos no planeta pode
ser atribuída à expansão da lavoura de milho voltada para a produção de etanol
nos Estados Unidos. No Brasil, porém, são poucas as chances de isso ocorrer.
Dos 355 milhões de hectares disponíveis para plantio no país, somente 90
milhões seriam adequados à cultura de cana, que atualmente ocupa apenas 7,2
milhões de hectares (metade deles para a produção de açúcar). Em São Paulo, por
exemplo, a plantação de cana ocupou nos últimos anos o espaçio de pastagens -
sem que a produção de carne bovina tenha diminuído.
2) De que forma o etanol
estaria ligado à inflação nos preços dos alimentos?
R- O principal problema tem
relação com o etanol produzido nos Estados Unidos. O Fundo Monetário
Internacional (FMI) estima que a produção de etanol americana é responsável por
metade do aumento da demanda mundial de milho nos últimos três anos. Isso
aumentou o preço do milho e o preço das rações. Dessa forma, aumentam também os
custos de produtos bovinos e suínos, já que o milho é usado em rações animais.
De acordo com o Departamento de Agricultura, o mesmo ocorreu com outras
colheitas - principalmente soja - quando os produtores decidiram mudar seus
cultivos para o milho.
3) Com base em quais
argumentos a ONU tem criticado a produção do etanol?
R- Segundo o relator
especial da ONU para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, a produção em massa
de bicombustíveis representa um "crime contra a humanidade" por seu
impacto nos preços mundiais dos alimentos. Isso porque as terras que deveriam
ser usadas para a produção de alimentos serão supostamente destinadas ao
plantio das matérias-primas para a fabricação de etanol. Em outubro do ano
passado, Ziegler elaborou um relatório para pedir uma moratória de cinco anos
na produção do etanol. Durante esse período, os governos precisariam avaliar os
impactos sociais, ambientais e de direitos humanos que a produção de etanol
geraria.
4) Quais são as
vantagens do uso do etanol?
R- Menor dependência de
combustíveis fósseis importados, e da variação do preço dos mesmos. Menor
emissão de poluentes, já que grande parte dos poluentes resultantes da queima
do combustível no motor são reabsorvidos no ciclo de crescimento da cana de
açúcar, e os resíduos das usinas são totalmente reaproveitados na lavoura e na
indústria (os subprodutos da cana são utilizados no próprio ciclo produtor de
álcool, como fonte de energia elétrica obtida pela queima do bagaço, e como
fertilizante da terra utilizada no plantio, através do chamado vinhoto,
tornando uma usina de álcool auto dependente.).
5) 6. O que dizem as ONGs
que criticam o uso dos bicombustíveis?
R- As ONGs passaram a acusar
o etanol de roubar espaço dos alimentos no campo e dizem que os usineiros do
Brasil querem avançar a área de plantio de cana na floresta amazônica, o que
contribuiria ainda mais para o desmatamento. No exterior, a ONG britânica Oxfam
afirma que o etanol é uma ameaça para milhões de pessoas dos países em vias de
desenvolvimento, vulneráveis ao encarecimento dos alimentos básicos como os
cereais. A Oxfam se baseia em um estudo do International Food Policy Research
Institute, segundo o qual a demanda de bicombustíveis é responsável por
aproximadamente 30% dos últimos incrementos do preço dos alimentos. Essa
variação repercute, sobretudo, nos mais pobres do mundo, que dedicam à comida
entre 50% e 80% de sua receita, o que significa que qualquer aumento nos preços
reduzir o consumo de alimentos e aumentar a fome.
6) Quais são os principais
países produtores de etanol?
R- Brasil (cana-de-açúcar),
Estados Unidos (principalmente milho, mas com boa perspectiva de chegar
primeiro ao etanol de celulose), Canadá (trigo e milho), China (mandioca),
Índia (cana, melaço) e Colômbia (cana e óleo de palma). A Alemanha produz
metade do biodiesel do mundo.
7) Por que não se pode
culpar somente os bicombustíveis pelo aumento dos preços dos alimentos?
R- O que está acontecendo no
mundo é um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de alimentos. Isso ocorre
porque houve um crescimento explosivo da demanda entre os consumidores dos
países emergentes, cuja renda per capita cresceu muito nos últimos três anos.
Além disso, a oferta diminuiu devido às secas. Nos últimos três anos, houve
secas tão profundas no sul do Brasil que perdemos 40 milhões de toneladas de
grãos. O problema ocorreu também em outros países, como Austrália e Ucrânia. A
diminuição da oferta e a demanda crescente tiveram como consequência imediata o
aumento dos preços.
8) O que é o efeito
estufa?
R- O efeito estufa é o
fenômeno natural pelo qual a energia emitida pelo Sol - em forma de luz e
radiação - é acumulada na superfície e na atmosfera terrestres, aumentando a
temperatura do planeta. De suma importância para a existência de diversas
espécies biológicas, o efeito estufa acontece principalmente pela ação de
dióxido de carbono (CO2), CFCs, metano, óxido nitroso e vapor de água, que
formam uma barreira contra a dissipação da energia solar. A maioria dos
cientistas climáticos crê que um aumento na quantidade desses gases provoca uma
elevação da temperatura da Terra.
9) A emissão desses gases
está aumentando?
R- Com o desmatamento e a
queima de combustíveis fósseis cada vez mais intensos, a concentração desses
gases está aumentando, especialmente as de CO2 e metano. Desde 1800, a
concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceu 30%, enquanto a de
metano aumentou 130%. Analisando camadas de gelo da Antártica, cientistas europeus
descobriram que o ritmo de aumento na concentração de CO2 é impressionante: nos
últimos 150 anos, o gás propagou-se pela atmosfera do planeta cerca de 200
vezes mais rápido que nos últimos 650.000 anos.
10)
Qual a relação das Engenharias com a Educação Ambiental?
R- Sabendo
que a Educação Ambiental é uma ferramenta necessária e fundamental para a nossa
sociedade e para o universo das engenharias, é importante que façamos uma
reflexão sobre este instrumento. Quando falamos em educação ambiental, estamos
lidando com pessoas, individualidades, crenças, valores e cultura, ou seja, com
hábitos que determinam comportamentos, consolidando-se em um cenário complexo
que engloba ações tanto no ambiente interno da empresa (trabalho) quanto
externo. É necessário que uma nova cultura seja construída para lidarmos com as
questões ambientais e, consequentemente, com a melhoria de nosso habitat.
Pensar em educação ambiental significa sensibilizar, promover sentidos de
co-responsabilidade, criar espaços de diálogos, trabalhar a valorização da vida
(em todas as suas formas), ampliar a visão sistêmica da intersetoridade dos
processos envolvidos, compreender a relação entre qualidade de vida e
sustentabilidade dentro e fora da empresa. Então concluímos que, ao abordarmos esses
aspectos, criando espaços dinâmicos para que sejam amplamente discutidos e
absorvidos e todos saem ganhando!
11) Como o capitalismo interfere no meio
ambiente?
R-
O
crescimento dos países no mundo, com certeza favorece o desgaste do meio
ambiente por completo, o capitalismo é um dos grandes fatores que influenciam
no degradamento do mesmo. Por exemplo, na área relacionada à engenharia civil o
número de construções que nascem a cada minuto é muito elevado, muitas delas
sem ter nenhuma preocupação com o meio ambiente. Poucas construções procuram
saber se aquele empreendimento vai afetar a natureza, só conseguem visar o
próprio bolso e esquecem-se do mais importante. O ser
humano não respeita o seu espaço e também não percebe que os recursos naturais
são finitos. Devemos usar os recursos naturais
com respeito ao próximo e ao meio ambiente, preservar os bens naturais e à
dignidade humana, isso é desenvolvimento sustentável! É o desenvolvimento que
não esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e
preservação da natureza. Então podemos concluir que enquanto o
dinheiro prevalecer, o meio ambiente vai ser sempre prejudicado.
12)
O que é o desenvolvimento sustentável?
R-
O
desenvolvimento sustentável não é nada mais do que conseguir unir o capitalismo
e o meio ambiente em um caminho em que os dois possam andar juntos, sem um
prejudicar o outro! Ou seja, é conseguir fazer que o mundo se desenvolva sem
prejudicar o meio ambiente, um desenvolvimento que não esgote os recursos para
as gerações do futuro, é suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Para
que tudo ocorra de uma maneira correta, é preciso ter um planejamento, como a
diminuição do uso de matérias primas e um maior uso de matérias primas
renováveis, para que essa geração tenha o que aproveitar e as demais também não
fiquem prejudicadas.
13)
O que é um recurso natural renovável? E os não renováveis?
R- É aquele pode ser reposto após extraído pelas
atividades antrópicas. A reposição pode ocorrer de tempos em tempos. Dentre os
recursos naturais renováveis podemos citar a energia eólica (ventos), a energia
solar (radiação solar), ondas do mar, hidroeletricidade, biomassa e energia
geotérmica. Já os não renováveis são
aqueles que findam após intensa exploração realizada TURMA: SP-M2-EC UNIFACS 2013
Muito bom e esclarecedor!! É com este conhecimento que podemos entender melhor a dinâmica que envolve toda a problemática da devastação do meio ambiente em nossa sociedade.
ResponderExcluirSuper interessante questão que geralmente são motivos de muitas dúvidas e controversas de modo a trazer reflexões. Rosane Oliveira , Gestão Comercial 2º Semestre.
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